Após o estudo de composição e cor, foi feito também o estudo de composição e linhas. A linha é o elemento básico de todo grafismo e um dos mais usados, tendo tanta importância em um grafismo como a letra em um texto. As linhas na arte contém grande expressividade gráfica, expressa também dinamismo, movimento e direção. Além de criar tensão no espaço gráfico em que se encontra. A obra apresenta formas geométricas encaixadas verticalmente e que assim resultam em linhas “invisíveis” predominantemente verticais. A palavra “invisíveis” foi usada para caracterizar as linhas desta obra, porque de fato na obra não se vê linhas desenhadas. Por ser uma obra expressionista, foi colocado cor por camadas, tirando assim a necessidade de linhas. De uma figura geométrica para outra (por exemplo de um retângulo vermelho para um quadrado amarelo) não aparece alguma linha delimitando o espaço de cada figura. Porém, como a obra é composta por figuras no sentido vertical, e está repleta de formas geométricas, cria-se uma ilusão de que há linhas verticais seprando as figuras geométricas. Como a obra não faz o uso de linhas, não há perspectiva e sensação de tridimensionalidade na pintura. Sendo assim, foi elaborado uma foto de um armário. Pois no armário também não há representação de linhas visíveis, porém o armário também é composto por “manchas” enquadradas verticalmente. É criado a sensação de verticalidade pois a pintura é uma pintura que está “de pé”, que quer dizer que a altura da pintura é maior do que a largura da mesma.
A peça publicitária escolhida para ser comparada foi uma foto de uma caixa de lápis de cores (24 unidades) da marca Prismacolor, pois ela faz o mesmo uso das linhas, ou melhor, da falta de linhas. Na embalagem da caixa tem uma paisagem de um campo com algumas árvores em primeiro plano. O uso da falta de linhas na caixa dá a sensação de que as árvores são manchas borradas em um fundo verde claro e que não há linha delimitando o que é campo, o que é tronco e o que é árvore, assim como na obra de August Macke.
Abraço,
Hugo Rezende
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